NÓDULOS NA TIREOIDE

Os nódulos na glândula tireoide são bem comuns. Eles são descobertos na palpação do pescoço em 3% a 7% e pelo ultrassom cervical em 20% a 76% na população em geral.

Os nódulos da tireoide recém-diagnosticados devem ser avaliados principalmente para descartar malignidade nesta glândula. A grande maioria dos nódulos (cerca de 95%) são benignos, porém, alguns destes, necessitam de algum tipo de tratamento devido ao crescimento lento e progressivo, que por sua vez poderá levar a compressão local, relatada pelo paciente como um “desconforto na garganta” ou mesmo apresentar desconforto estético, pelo aparente volume e assimetria que pode causar no pescoço.

Atualmente, existem as possibilidades de tratar este nódulo benigno por meio da cirurgia convencional (com a retirada parcial ou total da glândula) ou pela moderna técnica, sem cortes, minimamente invasiva de ablação por radiofrequência.

GLÂNDULAS SALIVARES

QUANDO REALIZÁ-LO?

 

A tecnologia no campo da medicina avança a cada dia para benefício dos nossos pacientes, quem poderia imaginar que pudéssemos tratar certas doenças das glândulas salivares utilizando apenas instrumentos muito delicados, de fina espessura, capaz de penetrar nos pequenos ductos (canais por onde escoam a saliva) destas glândulas, semelhante a uma endoscopia.

O aprimoramento da sialoendoscopia trouxe uma mudança no modelo de tratamento das enfermidades das glândulas salivares. Nos últimos 15 anos, o padrão-ouro no tratamento das Doenças Inflamatórias da Glândula Salivar passou da ressecção cirúrgica aberta para o tratamento endoscópico com as grandes vantagens:

1- Evitar complicações da cirurgia nas glândulas parótida e submandibular (como por exemplo grandes cicatrizes e lesões ao nervo facial com sua posterior paralisia permanente);

2- Benefício de preservar o órgão e sua função salivar. Essa técnica minimamente invasiva foi descrita pela primeira vez por Katz e Fritsch  na década de 1990, que usavam endoscópio flexível para avaliação dos ductos das glândulas salivares. Desde então, a resolução óptica aprimorada e a miniaturização de instrumentos através de vários avanços tecnológicos resultaram em técnicas cada vez mais avançadas da sialoendoscopia.

Apesar da pequena espessura dos mini endoscópios e sua composição de fibra ótica, o sialoendoscópio possui alta qualidade de imagem com boa visualização dos ductos salivares, oferecem cobertura diagnóstica e cirúrgica para atender adultos e crianças.

A sialoendoscopia é um tratamento minimamente invasivo das glândulas salivares, foi realizada pela primeira vez para o tratamento de cálculos (Sialolitíase) e rapidamente ganhou espaço no diagnóstico e tratamento de outras  patologias como Sialoadenites (inflamação das glândulas salivares), estenoses (estreitamento do ducto excretor da saliva) obstrução por placas, pólipos, corpos estranhos, paciente que apresentam boca seca após ter sido submetidos ao tratamento com radioiodo, síndrome de Sjogren, sialoadenite recidivante juvenil, entre outras anormalidades que levam estes pacientes a sofrerem grande impacto na sua qualidade de vida.

A sialoendoscopia pode ser usada tanto para fins diagnósticos quanto terapêuticos e, muitas vezes, pode ser feita em uma única sessão o que ajuda a reduzir significativamente a morbidade, a perda de horas de trabalho e a permanência no hospital.

Embora também seja um procedimento invasivo, a morbidade associada à sialoendoscopia é geralmente menor (principalmente quando comparada com a cirurgia convencional) e na maioria das vezes, temporária. Estudos apontam que aproximadamente 1.2% da população têm cálculos nas glândulas salivares e que mais de 69% dos pacientes que são tratados de câncer de tireoide com terapia com radioiodo apresentam problemas nas glândulas salivares incluindo inflamações e fibroses.

Quando lidamos com a inflamação das glândulas salivares devido a patologia obstrutiva no ducto (como cálculo, estenose por radioiodo) precisamos entender que a causa está no ducto e os sintomas se devem à estase da saliva e infecção secundária. A sialoendoscopia aborda a patologia do ducto levando à resolução da patologia desta glândula.

Essa abordagem voltada para o duto e não para glândula é a principal característica dessa intervenção. Isso é semelhante a certos casos de sinusite em que os sintomas da sinusite são secundários à obstrução anatômica ou patológica no nível do complexo osteomeatal.

Na sialolitíase motivada por cálculos pequenos (Fig 1), os cálculos podem ser removidas através do próprio sialoendoscópio com canal de trabalho, utilizando um  acessório denominado Basket (extrator de pedras) que faz parte dos instrumentais que devem estar presentes nesta técnica (Fig 2).

AFTAS NA BOCA?

AFTAS NA LÍNGUA HÁ MAIS DE 15 DIAS: O QUE PODE SER E O QUE FAZER?

Aftas na língua há mais de 15 dias: o que pode ser e o que fazer?

afta na língua é um problema que, embora seja pequeno, causa muito incômodo, afinal, usamos a língua para muitas coisas como comer, beber e falar — é impossível não fazer essas coisas, não é mesmo? A lesão que pode ser pequena, arredondada ou oval, esbranquiçada e com aproximadamente 1cm tem o nome científico de estomatite aftosa (úlcera bucal) e pode aparecer não apenas na língua como também na bochecha, no céu da boca, na garganta e até mesmo nos lábios.

Neste post, veremos como curar afta na língua e o que fazer se elas forem muitas e durarem mais de 15 dias. Acompanhe!

Como curar afta na língua?

Algumas pessoas evitam fazer uma higiene bucal completa quando estão com aftas na língua ou em outra área da boca por temerem sentir dor ou piorar a lesão.

Escovar os dentes

No entanto, uma das atitudes que faz curar a afta na língua é, justamente, fazer uma escovação correta usando uma escova extra macia (tomando o cuidado de não encostar na afta).

Usar enxaguante bucal

Após a escovação, use um enxaguante bucal ao menos três vezes ao dia. É fundamental que esse enxaguatório não contenha álcool, para não arder a afta nem aumentá-la.

Outras medidas

  1. Além disso, você pode aplicar uma pedra de gelo diretamente na afta.
  2. Também é aconselhável evitar alimentos muito cítricos como limão, abacaxi e laranja azeda
  3. Outra dica é fazer bochechos com água e bicarbonato de sódio.
  4. Usar produtos secativos que o dentista ou o médico poderá prescrever para você.

O que fazer se as aftas durarem mais de 15 dias?

O mais comum é que as aftas apareçam em menor quantidade e durem poucos dias. Entretanto, há casos que elas ultrapassam os 15 dias e que aumentam de tamanho e número. Nesse caso, o ideal é procurar um odontólogo ou médico para saber o que pode ser e indicar o melhor tratamento. A seguir, confira o que pode estar acontecendo!

Câncer de boca

Sim, uma lesão ulcerativa que não cura em 15 dias pode ser câncer bucal. De acordo com o INCA (Instituto Nacional do Câncer), cerca de 5.500 pessoas morrem anualmente de câncer de boca. Porém — e este post pode ajudar com isso — esse número pode diminuir se a doença for descoberta no estágio inicial. Aliás, ainda que a doença seja grave, se for diagnosticada cedo, as chances de cura chegam a 100%.

Outros dados importantes é que, 5% de todos os tumores do organismo acometem a cabeça e pescoço e desses 40% situam-se na boca, mais comumente na língua e soalho de boca, mas também na garganta. Cabe salientar que, no Brasil, os tumores de boca mais comuns são os cânceres de orofaringe, faringe, de cabeça e pescoço.

A lesão tumoral na língua pode se apresentar como uma afta na língua ou lesão ulcerada. Felizmente — pois pode facilitar o diagnóstico — ambas são dolorosas e isso faz com que o paciente procure um médico para aliviar a dor.

No entanto, podem se apresentar de outra forma, como uma lesão plana branca (leucoplasia) ou vermelha (eritroplasia), que, em geral, não causam dor. Por causa da falta de sintomas, nesses últimos casos, o câncer costuma ser diagnosticado em estágios mais avançados.

“Mas como posso imaginar que o que aparenta ser uma afta na língua pode ser, na verdade, um câncer?”

Vamos lá!

Alguns sinais podem mostrar que o que você tem não é uma afta na língua e sim um tumor. São eles:

  •       lesão dentro da boca ou nos lábios que dura mais de 15 dias;
  •       lesão em forma de placa branca e indolor;
  •       áreas com volume aumentado (você sente ao passar a língua);
  •       lesão plana vermelha ou branca e quase sempre indolor na língua, palato (céu da boca), gengivas, mucosa jugal (a parte interna da bochecha ou lábios);
  •       nódulos (caroços) no pescoço;
  •       rouquidão persistente.

Em casos mais avançados, os sintomas:

  •       Sensação de algo preso na garganta;
  •       Dificuldade de mastigar e de engolir;
  •       Dificuldade para falar.

Ao notar tais sinais, procure um profissional de saúde, que pode ser um cirurgião-dentista, um estomatologista (dentista especializado em doenças bucais) ou mesmo um clínico geral.

O seu dentista ou o médico o encaminharão ao estomatologista que, se suspeitar que seja mesmo um tumor, pedirá exames como uma biópsia que descobrirá do que realmente se trata. Se for um câncer de boca ou garganta, ele indicará o melhor tratamento.

Como prevenir o câncer de boca?

O câncer de boca é uma doença que pode ser facilmente prevenida e a prevenção começa pelas visitas periódicas ao dentista (em geral, a cada seis meses), que examina não apenas os dentes, mas toda a sua boca e vai te avisar, caso encontre uma lesão suspeita.

A prevenção é feita com:

  •       não fumar ou abandonar o fumo;
  •       evitar bebidas alcoólicas;
  •       dieta rica em alimentos saudáveis;
  •       boa higiene oral.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) acredita que a prevenção ajude a diminuir os casos de câncer de boca e garganta em até 25% até 2025.

Como tratar o câncer de boca?

Se descoberto no início e o tratamento for adequado, a grande maioria dos casos desse tipo de câncer são curados. Em geral, o tratamento é feito pelo cirurgião de cabeça e pescoço que devem indicar as melhores opções de tratamento.

Se você apresenta afta na língua que dura por dias e acredita que alguns dos sinais aqui relatados possam ser preocupantes, procure um médico.

E se você já teve confirmação de que se trata de um tumor na boca, agende uma consulta com um médico cirurgião de cabeça e pescoço.