A radiofrequência, também chamada de radioablação, é um procedimento médico minimamente invasivo que utiliza ondas de rádio para gerar calor e destruir um tecido alvo específico. Essencialmente, ela usa energia elétrica na faixa de frequência de rádio para aquecer uma pequena área de tecido, causando a morte das células nessa região.

Aqui estão os pontos chave sobre a radiofrequência:

• Como funciona: Uma agulha fina ou eletrodo é inserido no tecido alvo, geralmente guiado por imagem (ultrassom, tomografia computadorizada ou fluoroscopia). Uma corrente de radiofrequência de alta frequência é então passada através do eletrodo, gerando calor na área circundante. Esse calor destrói as células do tecido alvo.
• Objetivos: Os objetivos da radiofrequência variam dependendo da condição tratada, mas geralmente incluem:
  • Alívio da dor: Destruindo nervos específicos que transmitem sinais de dor.
  • Redução do tamanho de tumores ou nódulos: Destruindo as células anormais.
  • Tratamento de arritmias cardíacas: Destruindo áreas do coração que causam batimentos irregulares.
  • Tratamento de varizes: Causando o fechamento da veia anormal.
• Natureza minimamente invasiva: A radiofrequência é considerada minimamente invasiva porque não requer grandes incisões cirúrgicas. Isso geralmente leva a menos dor pós-operatória, menor risco de complicações e um tempo de recuperação mais rápido em comparação com a cirurgia aberta.
• Aplicações: A radiofrequência tem uma ampla gama de aplicações médicas, incluindo:
  • Controle da dor crônica: Tratamento de dor nas costas, pescoço, joelhos, neuralgia do trigêmeo, entre outras condições.
  • Tratamento de tumores: Ablação de tumores no fígado, pulmão, rim, ossos e outros órgãos.
  • Tratamento de nódulos tireoidianos benignos e alguns casos de câncer de tireoide recorrente.
  • Tratamento de arritmias cardíacas.
  • Tratamento de varizes.

Em resumo, a radiofrequência é uma técnica que usa calor gerado por ondas de rádio para destruir seletivamente tecidos anormais ou interromper a transmissão de sinais de dor, tudo isso de forma minimamente invasiva.

A radiofrequência é utilizada para tratar diversas condições na região da cabeça e pescoço, principalmente relacionadas ao controle da dor e, em alguns casos, ao tratamento de tumores benignos e malignos selecionados. As principais doenças e condições tratadas incluem:

Tratamento de Nódulos da Tireoide:

• Nódulos da Tireoide Benignos Sintomáticos: A radiofrequência é uma alternativa minimamente invasiva para reduzir o tamanho de nódulos benignos que causam sintomas compressivos (dificuldade para engolir ou respirar), problemas estéticos ou dor.
• Câncer da Tireoide Recorrente: Em casos selecionados de pequenos tumores recorrentes de câncer da tireoide que não são adequados para cirurgia, a radiofrequência pode ser utilizada para controle local.
• Nódulos da Tireoide Hiperfuncionantes (Autônomos ou "Quentes"): A radiofrequência pode ser usada para ablação desses nódulos, controlando a produção excessiva de hormônios da tireoide.

Tratamento de Tumores (Casos Selecionados e Paliativos):

• Cânceres de Cabeça e Pescoço Recorrentes: Em situações onde a cirurgia e a radioterapia não são mais opções viáveis, a radiofrequência pode ser usada para controle local e paliativo de tumores recorrentes, visando reduzir o tamanho e aliviar sintomas como a dor.
• Metástases: Em alguns casos, metástases isoladas na região da cabeça e pescoço podem ser tratadas com radiofrequência para controle local.
• Tipos Específicos de Tumores: Em situações muito específicas e geralmente quando outras opções não são possíveis, a radiofrequência pode ser considerada para alguns tipos raros de tumores da cabeça e pescoço.

É fundamental ressaltar que a decisão de utilizar a radiofrequência para tratar qualquer uma dessas condições deve ser tomada por um médico especialista, considerando as características específicas de cada paciente e da doença. A radiofrequência nem sempre é a primeira linha de tratamento e as suas indicações variam.

A radiofrequência da tireoide, também conhecida como ablação por radiofrequência (RFA) de nódulos tireoidianos, é um procedimento minimamente invasivo utilizado para tratar algumas condições específicas da tireoide. Aqui está o que você deve saber sobre ela:

O que é:

• Utiliza ondas de rádio de alta frequência para gerar calor dentro do nódulo tireoidiano.
• O calor destrói as células do nódulo, levando à sua redução de tamanho ao longo do tempo.
• É guiada por ultrassom para garantir precisão e segurança.

Para que é utilizada:

• Nódulos benignos sintomáticos: É a principal indicação. Nódulos maiores que causam sintomas como dificuldade para engolir ou respirar, dor no pescoço ou desconforto estético podem ser tratados com RFA para reduzir seu volume e aliviar os sintomas.
• Nódulos benignos que voltam após cirurgia (recidiva): Em alguns casos, a RFA pode ser usada para tratar nódulos benignos que crescem novamente após a remoção cirúrgica da tireoide, evitando uma nova cirurgia.
• Nódulos tireoidianos hiperfuncionantes (autônomos ou "quentes"): A RFA pode ser uma alternativa para controlar o hipertireoidismo causado por esses nódulos, destruindo o tecido produtor de hormônios em excesso.
• Câncer de tireoide recorrente: Em casos muito selecionados de pequenos tumores recorrentes de câncer de tireoide que não são adequados para cirurgia, a RFA pode ser considerada para controle local.
• Microcarcinomas papilíferos: Alguns estudos sugerem a segurança da RFA para nódulos malignos muito pequenos (microcarcinomas) sem sinais de mau prognóstico, mas está ainda não é uma indicação padrão e requer mais evidências.

O que esperar do procedimento:

• Geralmente é realizado sob anestesia local com sedação, sem necessidade de internação na maioria dos casos.
• O procedimento em si costuma durar de 30 a 60 minutos.
• Não deixa cicatrizes visíveis no pescoço, pois é feito com agulhas finas.
• A recuperação costuma ser rápida, com muitos pacientes retornando às atividades normais em um ou dois dias.

Benefícios potenciais:

• Minimamente invasivo, evitando a cirurgia tradicional e suas possíveis complicações (como lesão nos nervos da voz e nas glândulas paratireoides).
• Preserva o tecido tireoidiano normal ao redor do nódulo, mantendo a função da glândula.
• Recuperação mais rápida e menos dolorosa em comparação com a cirurgia.
• Bom resultado estético devido à ausência de cicatrizes.
• Pode ser repetido se necessário.

O que é importante saber:

• Diagnóstico benigno confirmado: Antes da RFA para nódulos benignos, é crucial que a benignidade seja confirmada por meio de punção aspirativa por agulha fina (PAAF) e análise citológica.
• Avaliação médica completa: Um especialista em cabeça e pescoço ou endocrinologista deve avaliar cuidadosamente cada caso para determinar se a RFA é a opção de tratamento mais adequada.
• Redução do nódulo: A RFA geralmente leva a uma redução significativa do volume do nódulo ao longo de meses (a maior parte da redução ocorre nos primeiros seis meses). A redução esperada é de 50% a 85% do volume inicial.
• Acompanhamento: É necessário acompanhamento médico regular após a RFA com exames de imagem (ultrassom) e, em alguns casos, exames hormonais para monitorar a resposta ao tratamento e verificar se há recidiva.
• Não substitui a cirurgia em todos os casos: A RFA não é apropriada para todos os tipos de nódulos ou cânceres de tireoide. A cirurgia continua sendo o tratamento padrão para muitos casos de câncer de tireoide e para nódulos grandes ou com características suspeitas.
• Recidiva: Embora as taxas de recidiva sejam baixas, existe uma pequena possibilidade de o nódulo crescer novamente após a RFA.

Se você tem nódulos na tireoide e está considerando a RFA como opção de tratamento, converse detalhadamente com um médico especialista para entender os riscos, benefícios e se você é um candidato adequado para o procedimento.